Obras eternas
O artista plástico que une Arte com robótica.
Natural de
Curitiba, filho do meio de um Coronel da Polícia Militar e uma artista plástica,
Jack Holmer, assim como a mãe, é apaixonado por Arte. Ainda criança desmontava
seus brinquedos eletrônicos. “Eu tinha a curiosidade de saber o que tinha lá
dentro, como tudo funcionava”, relata. Jack lembra também que desde seus quatro
anos já ficava pintando no ateliê na casa da família. Ficou mais encantado pelo
ofício quando, aos oito anos, acompanhou a mãe algumas noites na faculdade de
Artes do Paraná (FAP). “Eu achava que aquele lugar era o paraíso”, recorda
sorrindo.
O tempo
passou, o pequeno Jack cresceu e com ele o gosto pela Arte só fez aumentar a
ponto de uní-la com a robótica. Foi então
que em 2006 começou a construir robôs e pode-se dizer que foi, para Jack, um “ano
de primeira”: fez sua primeira exposição. Ganhou o primeiro lugar seguido de
seu primeiro prêmio que foi uma viagem para Paris na França. Já em 2007 fez sua
primeira exposição individual chamada Compilação
0.7 no Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Sua obra mais famosa, o Hugrobot ou o robô do abraço como é
conhecido, foi criada para notar a
interação das pessoas com eles. “Eu quis ver se haveria diferença em colocar um
filhote de cachorro e o Hugrobot”,
explica o artista. Ele afirma que não houve. Diz que quando elas abraçam o robô
suas reações são de emoção, a mesma que seria com um ser vivo.
O Hugrobot foi apresentado em vários
lugares do Brasil e em setembro de 2012 fez sua primeira viagem internacional,
na qual ficou em uma exposição na Plataforma Bogotá (Laboratório Interativo de
Arte, Ciência e Tecnologia) na Colômbia.
E neste ano, após doze meses de
dedicação ao seu novo projeto, dois robôs em tamanho natural (1,70m), a obra
que se chama Ensina-me a te amar estará em uma exposição que abrirá no dia 13
de março no Centro Cultural Solar do Barão em Curitiba.
Jack diz que
quer deixar alguma contribuição para a humanidade, logo vai escrever um livro
no qual abordará a paz entre homens e robôs. Ele acredita que o que ficará dele
neste mundo será seu nome e suas obras e
finaliza afirmando que a única coisa que sabe que faz bem é Arte. E quando
questionado sobre a robótica é objetivo em responder: “A robótica é o futuro da
vida, não da humanidade”.
Texto: Maria Luiza Okoinski
fotos: Manolo Almeida e Rafael Dabul